quarta-feira, 29 de julho de 2009

As mulheres mais bonitas de Portugal

'Primeiro, as verdades.O Norte é mais Português que Portugal.As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.
O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca.
Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.
Mais verdades.
No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos. Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia.
Estas são as verdades do Norte de Portugal.
Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe.
O Sul não existe.
O Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte. No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro. Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país. Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal. Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa. Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contra partida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular. É esta a verdade. Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa. O Norte cheira a dinheiro e a alecrim. O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade. Em contra partida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável,porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas. O Norte é feminino.
O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso. As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis,daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente. Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial. Só descomposturas, e mimos, e carinhos.
O Norte é a nossa verdade. Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o 'O Norte'.
Defendem o 'Norte' em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente. No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita. O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os-Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar. O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm de dizer 'Portugal' e 'Portugueses'. No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como 'Norte'. Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?"

terça-feira, 28 de julho de 2009

pensar e reflectir



"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares

domingo, 26 de julho de 2009

UMA NOVA GERAÇÃO DA FAMILIA SOUSA LEVENTA O TROFÉU

Se é possível nos fazemos senão o é torna-mo-lo


XIII triatlo Jovem de Avis - Juvenis
E O GRANDE VENCEDOR FOI:




JOÃO RAFAEL PEREIRA DE SOUSA
04/ 08/ 1994

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Direitos humanos à moda do islão - Ainda vamos acabar com leis assim :(


Uma modelo muçulmana foi condenada por um tribunal islâmico a ser chicoteada por beber uma cerveja num bar, revelou fonte judicial citada pelo jornal «Daily Mail».
Kartika Sari Dewi Shukarno foi esteve perante o juiz, esta segunda-feira, e este condenou a a sete chicotadas e a uma multa de 5,000 ringsit (984 mil euros) por consumir álcool. Para os muçulmanos consumir álcool é uma ofensa religiosa. É raro uma mulher receber esta pena, uma vez que este castigo é normalmente aplicado aos homens.
Shukarno, modelo de 32 anos, acabou por se declarar culpada das acusações de beber cerveja num bar de hotel, em Agosto de 2008.
Os clubes nocturnos da Malásia servem álcool, mas não são obrigados legalmente a verificar se os clientes são muçulmanos antes de os servirem. O clube não foi acusado de nenhuma ofensa.
O juiz não especificou o porquê de uma sentença tão severa, segundo a mesma fonte.
P.S.
Eu qual Viriato quando os sarracenos vierem por ai acima subo a Estrela e com paus e com pedras enquanto tiver forças hei-de lutar contra a infâmia

segunda-feira, 13 de julho de 2009

e 5 anos depois... 06 de Junho de 2004 - 29 de Junho 2009

Exmo. Senhor Director Regional de Educação
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de câmara de lobos
Exma. Senhora Presidente da Assembleia-geral da Associação Insular de Geografia;
Exmos. Colegas da Direcção da Associação insular de Geografia;
- Excelências
– Demais personalidades, minhas senhoras e meus senhores;

Boa tarde a todos e muito obrigado por se juntarem a nós nesta tarde, mau grado as vossas ocupadas agendas. A vossa presença honra-nos e por isso esperamos que o projecto que aqui vos apresentamos cumpra as expectativas e acima de tudo seja útil.

E para começar gostaria de recordar uma afirmação do Prof. Jorge Gaspar
“A constituição de uma Associação de Geografia na Região Autónoma da Madeira é um acontecimento relevante para a vida científica e pedagógica lusófona e um marco na História da Geografia portuguesa”.

É com especial emoção que participo nesta sessão, subordinada à apresentação do guia de geografia da RAM para o 9º ano e que ao mesmo tempo entronizará os novos corpos sociais da nossa Associação.

· Neste dia vão-me perdoar por falar em retrospectiva e assim começar por dizer que nem todas as nossas grandes expectativas iniciais foram atendidas em todas as áreas,
· por exemplo a revista Georam, que teve três edições e não as onze previstas para esta data”,
· mas peço-vos que regressemos dez anos atrás no tempo e ai constatamos que não tínhamos formação da nossa ciência de forma sistemática na região,
· não tínhamos esse momento memorável para alunos, famílias e professores, no qual premiamos os melhores alunos da RAM,
· não tínhamos as conferências do atlântico, seminários, encontros de geografia regional que até nós trouxemos nestes anos académicos tão consagrados como Anthoine Bailey, Louis Marrow, Eric Clark, João Ferrão, Jorge Gaspar, Carminda Cavaco, Rosário Partidário, Carlos Costa, João Albino Silva, Alejandro Gonzalez, Carlos Santana Santana, Viriato Soromenho Marques, Filipe Duarte Santos, Fernando Rebelo, João Mora Porteiro, Fancisco Ferreira, Mario Fortuna entre outros eminentes académicos que conosco partilharam o seu vasto saber na nossa região;
· ou articulistas como Durão Barroso, Alberto João Jardim, Alberto Matta, Gerardo Delgado Aguiar, Herculano Caxinho, entre outros
· Assinamos a declaração das desertas onde consagramos a importância da geografia insular e o nosso compromisso com esta.
· Hoje temos no concelho da geografia a sede social da nossa associação, e em breve certamente teremos ainda melhores instalações, com o apoio da nossa autarquia.
· Sr, presidente quando outros assobiaram para o lado dum modo desconfiado vossa excelência disse presente e sinto que vossa excelência Sabe que pode contar com a minha colaboração tal qual sempre tive a de vossa excelência.
· Instituições como a nossa só podem continuar a exercer a sua actividade com apoios, pois o saber cientifico no nosso país não dá para subsistir, ao longo destes anos a secretaria regional de educação em particular e a direcção regional de educação em especial foram garantes do funcionamento desta casa, se a câmara municipal instalou, vossa excelência sr, director regional acreditou, apoiou e deu-nos a honra de realizar um projecto que nos tínhamos proposto quando ainda éramos delegação regional da associação de professores de geografia.
· Hoje aqui neste momento concluímos o trabalho que nos solicitou com a apresentação do guia de geografia do 9º ano, Sr. Director jamais me esquecerei daquela tarde em que vossa excelência me convidou a organizar uma equipa para regionalizar os conteúdos de geografia, da confiança depositada, que foi acompanhada por efectivas condições técnicas e financeiras para realizar o projecto, sr. Director se este projecto é nosso mais foi de vossa excelência.
· E se Vossa excelência apoiou desde sempre esta instituição a mim marcou-me indelevelmente seja na maneira como exerci a liderança, seja no bom senso que me ensinou a ter nas decisões a tomar, também por isso senhor director regional estou-lhe grato e muito lhe agradeço.
· Eu agradeço a todos vós, geógrafos, tutela, autarcas, amigos pelos momentos em que tive êxito, e peço-vos desculpa pelos momentos em que dalgum modo vos defraudei.
… obrigado e bem hajam…

João Daniel, Joaquim Sousa, Rui Anacleto, Arlindo Gomes, Oliveira Rolo