terça-feira, 12 de outubro de 2010

Será que os Portugueses estarão fartos de ser enganados!

JOSÉ SÓCRATES TAL COMO OS RESTANTES QUE NOS GOVERNARAM NOS ÚLTIMOS 35 ANOS É UM HOMEM DE CIRCO

Será que a economia vai derrotar a democracia de 1976.

José Sócrates, é um homem de circo, de espectáculo. Portugal está a ser gerido por medíocres, Guterres, Barroso, Santana Lopes e este, José Sócrates, não perceberam o essencial do problema do país.

O desemprego não é um problema, é uma consequência de alguma coisa que não está bem na economia. Já estou enjoado de medidinhas. Já nem sei o que é que isso custa, nem sequer sei se estão a ser aplicadas.

A população não vai aguentar daqui a dez anos um Estado social como aquele em que nós estamos a viver. Este que está lá agora, o Sócrates, é um homem de espectáculo, é um homem de circo. Desde a primeira hora.

É gente de circo. E prezam o espectáculo porque querem enganar a sociedade.

Vocês, comunicação social, o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6». Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias... Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias... mas é sem açúcar.

Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularuxo» porque não dependo do aparelho político!"

Ainda há dias eu estava num supermercado, numa fila para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar « 6 x 3 = 18 », contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... Isto não é ensino... é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!

Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1%... esta economia não resiste num país europeu.

Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse.

Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis?

P'rá gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim?

A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela?

Quer dizer, isto está tudo louco?"

Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for...

Nós tivemos nos últimos 10 / 12 anos 4 Primeiros-Ministros:

- Um desapareceu;

- O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;

- O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;

- E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim"

O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou.

Foi "exilado" para Londres.

O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris.

O Alegre depois não sei para onde ele irá...

Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado.

Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400?

Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos?

E não vejo intervenção da polícia... Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!

De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente.

Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleições, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos:

- Prometem aquilo que sabem que não podem."

A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva...

O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"

"Os exames são uma vergonha.

Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira, é um roubo ao ensino e aos professores! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada!

A minha opinião desde há muito tempo é: TGV - Não !

Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo.

Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não?

Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro?

Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe...

Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria... Esses é que têm interesse, não é o Português!

Nós em Portugal sabemos resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios...

Receber os prisioneiros de Guantanamo?

Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros.

Olhemos para nós!

A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!

Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?

Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade.

Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..."

Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...

Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse espectáculo...."

Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum.

Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo...Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas Isso é descentralizar a «bandalheira».

Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12º ano e agora vai seguir Medicina...

Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina...

Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação...

Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..."

É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar.

Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe.

Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho...

Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho...

Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem...

Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem...

No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa.

"Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta interpenetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas...Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si...Porque é que se vai buscar políticos para as empresas?

É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política...

Um político é um político e um empresário é um empresário. Não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro... é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade.

Este país não vai de habilidades nem de espectáculos.

Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros. São propagandistas! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!

Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista»...

Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito...

Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir.

Todos os dias tem a sensação que é enganado!

domingo, 10 de outubro de 2010

só num país de corruptos isto é possivel - está na hora da revolta

Funcionário judicial teve 'muito bom' enquanto esteve preso por corrupção


Oito anos após ter deixado o Tribunal de Santo Tirso, por ter sido acusado de corrupção num processo de fraudes com falências, um escrivão recebeu a sua avaliação dos últimos tempos de serviço: "Muito Bom". Mas, antes, o Ministério da Justiça tentou despedi-lo.

Hernâni Gomes, 53 anos e hoje advogado, chegou a estar em prisão preventiva, entre 2 de Julho de 2002 e 13 de Junho de 2003. Mas, no processo em que foi acusado de corrupção e peculato, acabou absolvido. Em causa estavam suspeitas de ter recebido comissões ilícitas no âmbito de venda de património de uma empresa falida.

Após ter saído da cadeia, pediu licença sem vencimento mas não se livrou de um processo disciplinar que, porém, ficou suspenso enquanto decorria o processo-crime. O procedimento disciplinar foi arquivado em Junho passado.

Hernâni Gomes conserva, portanto, o estatuto de funcionário público mas, mesmo assim, ficou surpreendido com a carta que, há dias, lhe apareceu no correio.

Em concreto, tratava-se do resultado da inspecção ordinária efectuada pelo serviço de Inspecção do Conselho dos Oficiais de Justiça, que incidiu sobre o período entre três de Maio de 1999 e 29 de Dezembro de 2002 - ou seja, o período em que se teria desenvolvido a suposta actividade criminosa e parte dos meses que esteve preso. A classificação final foi de "muito bom" (a nota máxima), com vários elogios nos vários itens de avaliação.

"Depois de ter sido proposta a minha demissão e, mesmo assim, ter sido arquivado o processo por falta de provas, não deixa de ser caricato que, oito anos depois, o Ministério da Justiça venha condecorar-me com muito bom. Afinal, sou um criminoso ou um bom funcionário?", comenta Hernâni Gomes ao JN.

O agora advogado explica que, tal como decidiu quando foi absolvido pelos juízes das Varas Criminais do Porto, em Janeiro do ano passado, o passo seguinte será um processo contra o Estado.

"Vou exigir 1,3 milhões de euros. Foram 11 meses de prisão preventiva. O Estado é o primeiro a violar a presunção de inocência", diz Hernâni Gomes, queixando-se, também, de perseguição do Fisco. "Queriam cobrar IVA de comissões ilícitas que nunca recebi. Tenho colocado o Estado em tribunal por causa de liquidações de impostos ilegais e tenho ganho sempre", diz.

Jornal de Noticias 2010-10-10

sábado, 9 de outubro de 2010

AUSTERIDADE PARA A CLASSE MÉDIA - A REVOLUÇÃO É UM DIREITO E COMEÇA A SER UM DEVER

Governo recua e permite a acumulação de pensões com salário aos actuais funcionários

A regra que obriga os aposentados que estão em funções públicas a prescindir da pensão só se aplicará no futuro.

Primeiro sim, depois não e agora de novo sim. O Governo recuou e, afinal, os aposentados do Estado que acumulam salários com pensões vão manter-se nesta situação e não serão obrigados a prescindir da reforma.

Em causa estão responsáveis de empresas públicas, consultores, médicos, deputados, autarcas e o próprio Presidente da República, que estejam a acumular o salário pelas funções públicas que desempenham com pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações. Quantas pessoas estão nesta situação é uma incógnita. O único número que existe diz respeito a 66 pessoas que acumulam um terço da pensão com o salário pelo exercício de funções em organismos ou empresas públicas, mas o Ministério das Finanças desconhece "quantos acumulam um terço do salário com pensão, porque esses casos não têm de ser declarados à Caixa Geral de Aposentações".

O recuo foi anunciado ontem no final do Conselho de Ministros que aprovou alguns dos diplomas que permitirão reduzir as despesas do Estado ainda este ano. A justificação dada pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, foi a da prudência e a tentativa de evitar eventuais choques com alguns princípios constitucionais.

"O Governo procedeu a uma ponderação acrescida após a consulta aos sindicatos, bem como dos ditames de ordem constitucional. O princípio da tutela e da não retroactividade podiam estar em causa e, por conseguinte, o Governo considerou mais prudente aplicar a norma apenas no futuro e não permitir renovações", precisou o secretário de Estado da Administração Pública, Castilho dos Santos.

Porém, confrontados com o recuo, os sindicatos manifestaram-se perplexos, já que defendiam que a regra se deveria aplicar a todos os que já estão acumular salários e com um terço da pensão ou vice-versa. "Nos encontros de quarta-feira, nada dissemos sobre esta matéria. Sempre defendemos que a regra devia abranger todos", frisou ao PÚBLICO Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), que acusa o Governo de proteger estas situações à semelhança do que está a fazer quando decide cortar salários "nos escalões onde há maior número de funcionários".

Já um dos dirigentes do Sindicato para a Administração Pública, José Abraão, vai mais longe. "Estamos indignados. Como é que se corta o abono de família a quem ganha 600 euros e se mantêm pessoas a acumular vencimentos com pensões?", questiona, acrescentado que o recuo denota "falta de coragem política".

Anteontem à noite, fonte das Finanças tinha garantido que a proibição de acumular salários com pensões iria abranger todos os que estivessem já nessa situação e que seriam obrigados a prescindir de uma das remunerações. Mas ontem, e depois de uma análise "legal e de carácter constitucional", o Governo acabou por recuar na aplicação retroactiva da norma.

Só em casos excepcionais é permitido ao aposentado trabalhar no Estado e é necessária a autorização do primeiro-ministro. Mas enquanto na lei em vigor é possível acumular o salário com um terço da pensão ou o contrário, consoante o que for mais favorável para o funcionário, na proposta que o Governo ontem aprovou isso não é possível. Os aposentados que têm autorização para trabalhar nos serviços da Administração Pública têm que prescindir da pensão enquanto estiverem a desempenhar as funções pagas pelo Estado. A regra aplica-se tanto a quem trabalhe em organismos do Estado como a quem desempenha serviços de natureza pública, como os presidentes de câmara ou os deputados. A nova regra é para aplicar ainda este ano.

Público - 09 de Outubro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

não é inveja é vergonha..

Salários MENSAIS

420.000,00 € TAP Fernando Pinto
371.000,00 € CGD Faria de Oliveira
365.000,00 € PT Henrique Granadeiro
250.040,00 € RTP Guilherme Costa
249.448,00 € BANCO PORTUGAL Carlos Costa
247.938,00 € ISP Fernando Nogueira
245.552,00 € CMVM Carlos Tavares
233.857,00 € ERSE Vítor Santos
224.000,00 € ANACOM Amado da Silva
200.200,00 € CTT Mata da Costa
134.197,00 € PARPÚBLICA José Plácido Reis
133.000,00 € ANA Guilhermino Rodrigues
126.686,00 € EDP Pedro Serra
96.507,00 € METRO PORTO António Oliveira Fonseca
89.299,00 € LUSA Afonso Camões
69.110,00 € CP Cardoso dos Reis
66.536,00 € REFER Luís Pardal
66.536,00 € METRO LISBOA Joaquim Reis
58.865,00 € CARRIS José Manuel Rodrigues
58.859,00 € STCP Fernanda Meneses

3.706.630,00 € - TOTAL MENSAL

por onde anda o Robin Wood??

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ser Feliz - Fernado Pessoa

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornarmo-nos os autores da nossa própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

artigo de António Barreto in Público

SÓCRATES E A LIBERDADE

Em consequência da revolução de 1974, criou raízes entre nós a ideia de que qualquer forma de autoridade era fascista. Nem mais, nem menos.

Um professor na escola exigia silêncio e cumprimento dos deveres?

Fascista! Um engenheiro dava instruções precisas aos trabalhadores no estaleiro? Fascista! Um médico determinava procedimentos específicos no bloco operatório? Fascista! Até os pais que exerciam as suas funções educativas em casa eram tratados de fascistas.

Pode parecer caricatura, mas essas tontices tiveram uma vida longa e inspiraram decisões, legislação e comportamentos públicos. Durante anos, sob a designação de diálogo democrático, a hesitação e o adiamento foram sendo cultivados, enquanto a autoridade ia sendo posta em causa. Na escola, muito especialmente, a autoridade do professor foi quase totalmente destruída.

Em traço grosso, esta moda tinha como princípio a liberdade. Os denunciadores dos 'fascistas' faziam-no por causa da liberdade. Os demolidores da autoridade agiam em nome da liberdade. Sabemos que isso era aparência: muitos condenavam a autoridade dos outros, nunca a sua própria; ou defendiam a sua liberdade, jamais a dos outros. Mas enfim, a liberdade foi o santo e a senha da nova sociedade e das novas culturas. Como é costume com os excessos, toda a gente deixou de prestar atenção aos que, uma vez por outra, apareciam a defender a liberdade ou a denunciar formas abusivas de autoridade. A tal ponto que os candidatos a déspota começaram a sentir que era fácil atentar, aqui e ali, contra a liberdade: a capacidade de reacção da população estava no mais baixo.

Por isso sinto incómodo em vir discutir, em 2008, a questão da liberdade. Mas a verdade é que os últimos tempos têm revelado factos e tendências já mais do que simplesmente preocupantes. As causas desta evolução estão, umas, na vida internacional, outras na Europa, mas a maior parte residem no nosso país. Foram tomadas medidas e decisões que limitam injustificadamente a liberdade dos indivíduos. A expressão de opiniões e de crenças está hoje mais limitada do que há dez anos. A vigilância do Estado sobre os cidadãos é colossal e reforça-se. A acumulação, nas mãos do Estado, de informações sobre as pessoas e a vida privada cresce e organiza-se. O registo e o exame dos telefonemas, da correspondência e da navegação na Internet são legais e ilimitados. Por causa do fisco, do controlo pessoal e das despesas com a saúde, condiciona-se a vida de toda a população e tornam-se obrigatórios padrões de comportamento individual.

O catálogo é enorme. De fora, chegam ameaças sem conta e que reduzem efectivamente as liberdades e os direitos dos indivíduos. A Al Qaeda, por exemplo, acaba de condicionar a vida de parte do continente africano, de uma organização europeia, de milhares de desportistas e de centenas de milhares de adeptos. Por causa das regulações do tráfego aéreo, as viagens de avião transformaram-se em rituais de humilhação e desconforto atentatórios da dignidade humana. Da União Europeia chegam, todos os dias, centenas de páginas de novas regulações e directivas que, sob a capa das melhores intenções do mundo, interferem com a vida privada e limitam as liberdades. Também da Europa nos veio esta extraordinária conspiração dos governos com o fim de evitar os referendos nacionais ao novo tratado da União.

Mas nem é preciso ir lá fora. A vida portuguesa oferece exemplos todos os dias. A nova lei de controlo do tráfego telefónico permite escutar e guardar os dados técnicos (origem e destino) de todos os telefonemas durante pelo menos um ano. Os novos modelos de bilhete de identidade e de carta de condução, com acumulação de dados pessoais e registos históricos, são meios intrusivos. A vídeovigilância, sem limites de situações, de espaços e de tempo, é um claro abuso. A repressão e as represálias exercidas sobre funcionários são já publicamente conhecidas e geralmente temidas A politização dos serviços de informação e a sua dependência directa da Presidência do Conselho de Ministros revela as intenções e os apetites do Primeiro-ministro. A interdição de partidos com menos de 5.000 militantes inscritos e a necessidade de os partidos enviarem ao Estado a lista nominal dos seus membros é um acto de prepotência. A pesada mão do governo agiu na Caixa Geral de Depósitos e no Banco Comercial Português com intuitos evidentes de submeter essas empresas e de, através delas, condicionar os capitalistas, obrigando-os a gestos amistosos. A retirada dos nomes dos santos de centenas de escolas (e quem sabe se também, depois, de instituições, cidades e localidades) é um acto ridículo de fundamentalismo intolerante. As interferências do governo nos serviços de rádio e televisão, públicos ou privados, assim como na "comunicação social' em geral, sucedem-se. A legislação sobre a segurança alimentar e a actuação da ASAE ultrapassaram todos os limites imagináveis da decência e do respeito pelas pessoas. A lei contra o tabaco está destituída de qualquer equilíbrio e reduz a liberdade.

Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu governo. O Primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas.

Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação?

Acordo? Só se for medo...


António Barreto in "Público"

sábado, 31 de julho de 2010

PROVOCAÇÕES A PESSOAS INTELIGENTES:



Einstein recebeu uma carta da miss New Orleans que lhe dizia:
" Prof. Einstein, gostaria de ter um filho seu... A minha justificativa baseia-se no facto de eu ser um modelo de beleza, e tendo um filho com o senhor certamente que o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência".

Einstein respondeu:
" Querida miss New Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza.

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Quando Churchill fez 80 anos um repórter com menos de 30 anos foi fotografá-lo e disse:
- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos.

Resposta de Churchill:
- Por que não ? Você parece-me bastante saudável.

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Telegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill.
Convite de Bernard Shaw para Churchill:

"Tenho o prazer e honra convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação minha peça Pigmaleão.
Venha e traga um amigo, se tiver."
Bernard Shaw.

Resposta de Churchill: "Agradeço ilustre escritor o honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver."

Winston Churchill.


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O General Montgomery estava sendo homenageado, por ter vencido Rommel na batalha de África, na IIª Guerra Mundial.
Discurso do General Montgomery:

'Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói '

Churchill ouviu o discurso e retrucou:

' Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.'


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Bate-boca no Parlamento inglês.
Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista, Lady Astor, que pediu um aparte .

Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos.
Mas concedeu a palavra à deputada.
E ela disse, alto e bom som:

- Sr. Ministro, se V. Excia. fosse meu marido, colocava veneno no seu chá !

Churchill, lentamente, tirou os óculos, seu olhar astuto percorreu toda a plateia e, naquele silêncio em que todos aguardavam, respondeu:
- Nancy, se eu fosse seu marido, tomaria esse chá com todo o prazer!
-.-.-.-.-

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

não é meu - mas algo tem de ser feito

ONDE ESTÁ A MORAL DESTA GENTE???
ARMANDO VARA, VICE-PRESIDENTE DO B.C.P., FOI APANHADO, NUMA OPERAÇÃO DA P.J., DENOMINADA "FACE OCULTA"... OS SEUS TELEFONEMAS, ESCUTADOS, ERAM A FORMA DE EXIGIR, A EMPRESÁRIOS, AS CHAMADAS "LUVAS", POR FAVORECIMENTO DE NEGÓCIOS, COM GRANDES EMPRESAS, DOMINADAS, DIRECTA OU INDIRECTAMENTE, PELO ESTADO!!! OS PEDIDOS ERAM NA ORDEM DOS 10.000€ PARA CIMA.O CASO ESTÁ CENTRADO NA INVESTIGAÇÃO DAS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE ARMANDO VARA E MANUEL GODINHO (ENTRE OUTROS), DETENTOR DE UM IMPÉRIO NO NEGÓCIO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, EM OVAR, E COM AS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE ESTE EMPRESÁRIO E GRANDES EMPRESAS DOMINADAS, DIRECTA OU INDIRECTAMENTE, PELO ESTADO!!!MAS TAMBÉM O PRESIDENTE DA R.E.N., E SEU FILHO, SOBRETUDO ESTE ÚLTIMO, FOI "CAÇADO" A PEDIR MILHARES DE EUROS, A UM OUTRO EMPRESÁRIO, EM TROCA DE FAVORES PARECIDOS OU PARALELOS!PELO MENOS, ESTES QUATRO INDIVÍDUOS SÃO SUSPEITOS DE ACTIVIDADE CRIMINOSA, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS E CORRUPÇÃO, BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E PECULATO!SUBORNOS E COMISSÕES PASSAM POR CONTAS, DEPOSITADAS EM PARAÍSOS FISCAIS!!!
JÁ HÁ, AQUI, VÁRIAS QUESTÕES A ABORDAR, E, CUJA RESPOSTA HAVIA DE SER MUITO CLARA, PARA O POVO PERCEBER:
1º. O ENGENHEIRO JOSÉ SÓCRATES NÃO TEM VERGONHA DE QUE TUDO ISTO SE PASSE COM MEMBROS DO SEU PARTIDO, QUE JÁ FIZERAM PARTE DE ANTERIORES GOVERNOS, E QUE DEVERIAM SER OS PRIMEIROS A DAR O EXEMPLO DE SERIEDADE?
2º O ENGENHEIRO JOSÉ SÓCRATES NÃO DEVERIA ESTAR CALADO, QUANDO CRITICA ABERTAMENTE A OPOSIÇÃO, E, PARTICULARMENTE, O P.S.D. E PEDRO SANTANA LOPES, QUANDO ELE PRÓPRIO TEM ESTES RABOS DE PALHA?
3º. O ENGENHEIRO JOSÉ SÓCRATES DÁ A CARA E A VIDA POR TODOS OS MEMBROS DO SEU PARTIDO... NÃO DEVERIA ESTE SR. DEMITIR-SE, EM VIRTUDE DESTE CASO ESCANDALOSO DE GATUNAGEM E PROMISCUIDADE?
4º. NÃO DEVERIA O PRÓPRIO JORGE SAMPAIO VIR ELUCIDAR O POVO DA SEITA DE GATUNOS QUE FEZ ELEGER?
5º. QUE MORAL TEM JOSÉ SÓCRATES PARA FALAR EM ACABAR COM OS PARAÍSOS FISCAIS, SE QUEM BENEFICIA COM ESTES SÃO OS SOCIALISTAS?
6º. NÃO DEVERIA O SR. MÁRIO SOARES,PAI DA DEMOCRACIA PORTUGUESA, VIR A TERREIRO, CONDENAR ESTE ESCÂNDALO,O TEMPO QUE PASSOU O TEMPO A OFENDER A DRA. MANUELA FERREIRA LEITE, CHAMANDO-LHE IGNORANTE E IRRESPONSÁVEL? OU O SR. MÁRIO SOARES ACHA QUE ISTO ESTÁ BEM?
7º. O MINISTRO DA JUSTIÇA, DR. ALBERTO COSTA, MUDOU A LEI, PARA EVITAR A PRISÃO DE ALTOS QUADROS!!! ESTÁ TUDO DITO!!!
8º. COM A ALÍNEA ATRÁS SE PERCEBE,PERFEITAMENTE,QUE O MINISTRO ALBERTO COSTA(QUE ALGUÉM NÃO QUIS PARA CHEFE DE GABINETE, EM MACAU, E QUE MÁRIO SOARES DEFENDEU ACÉRRIMAMENTE, AO PONTO DE FICAR COM O COSTA E SANEAR O OUTRO), PARA ALÉM DE ESTÚPIDO E IGNORANTE,NÃO PERCEBE NADA DE JUSTIÇA, NÃO PERCEBE NADA DE NADA, E, PARA ALÉM DE PÔR FORA DAS PRISÕES, OS CRIMINOSOS, DROGADOS E ASSASSINOS, EVITA A PRISÃO DOS AMIGOS, PORQUE FAZEM TODOS PARTE DA MESMA SEITA, COMEÇANDO EM MÁRIO SOARES, PASSANDO POR JORGE SAMPAIO, E ACABANDO EM JOSÉ SÓCRATES (QUE TAMBÉM TEM O RABO ENTALADO NO FREEPORT... MAS, NÓS, A POUCO E POUCO, VAMOS SABENDO DAS ALTAS BRONCAS,GRAÇAS ÀS DILIGÊNCIAS E TRABALHO REALIZADO, CONSIDERADA, NO TEMPO DO ESTADO NOVO, A MELHOR POLÍCIA DE INVESTIGAÇÃO DO MUNDO... HONRA LHE SEJA FEITA!!!

Não, o que nos está a acontecer não é normal nem tolerável


Os casos recentes são apenas as últimas cenas de um pesadelo que se iniciou quando Armando Vara tutelava a RTP

A 25 de Junho de 2009, José Sócrates jantou com Henrique Granadeiro na casa de Manuel Pinho. O chairman da PT informou então o primeiro-ministro que a compra da TVI pela empresa de telecomunicações não se concretizaria. No dia seguinte, no Parlamento, Sócrates anuncia aos jornalistas que se vai opor a um negócio que, nessa altura, já não existia. Estranho? Não, como o mesmo Sócrates explicou quarta-feira: "Do ponto de vista formal, o Governo não foi informado."

Pronto, e assim está tudo resolvido. Do "ponto de vista formal" nunca nada aconteceu. A começar pelo conteúdo das escutas reveladas pelo Sol, pois o senhor presidente do Supremo Tribunal e o senhor procurador-geral entenderam não haver indícios de crime contra o Estado de direito nesses documentos.Logo esses documentos não existem. E tudo o resto quer-se fazer passar por "normal".

Ou seja, é normal que um ex-jotinha de 32 anos, Rui Pedro Soares, seja nomeado para a administração da PT e premiado com um salário anual de mais de um milhão de euros. É normal que esse "gestor" em ascensão trate com Armando Vara, um outro "gestor" de fresca data e socrático apadrinhamento, da compra da TVI pela PT e discuta com ele e com Paulo Penedos a melhor forma de afastar José Eduardo Moniz e acabar com o Jornal de Sexta. É normal que um jornal propriedade de um "grupo amigo" publique manchetes falsas para dar uma justificação política e económica à compra da TVI pela PT. É normal que seja depois esse "grupo amigo" a comprar a TVI beneficiando de apoios financeiros do BCP de Armando Vara e da PT. É normal que, na sequência dessa aquisição, Moniz deixe a direcção da estação e acabe o Jornal de Sexta.

Se tudo isto é normal, também é normal que o BCP, que tinha uma participação no jornal Sol, tenha criado dificuldades de última hora à viabilização financeira daquele título, quando nele saíram as primeiras notícias sobre a investigação inglesa ao caso Freeport. Tal como é coincidência Vara já ser nessa altura administrador do BCP. Também será normal que o Turismo de Portugal tenha discriminado a TVI em algumas das suas campanhas - o mesmo, de resto, que fez com o PÚBLICO - e que o presidente desse organismo seja Luís Patrão, o velho amigo de Sócrates desde os tempos de liceu na Covilhã. Como normal será Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, ter reuniões no ministério com Rui Pedro Soares quando o seu interlocutor natural é o presidente da PT. Como Lino disse à Sábado, é assim quando se conhece muita gente nas empresas. Como homem bem relacionado não se estranha que tenha recebido, de acordo com o Correio da Manhã, uma "cunha" de Armando Vara no âmbito do processo Face Oculta. No fundo é tudo boa gente.

Mas como todos estas factos padecem de várias "informalidades", passemos a eventos mais formais, que sabemos mesmo que aconteceram, que foram testemunhados e até deram origem a processos na ERC. Como o das pressões exercidas pelos assessores de José Sócrates para desencorajarem qualquer referência pelas rádios e televisões à investigação do PÚBLICO sobre as condições em que o primeiro-ministro completou a sua licenciatura. Como o de o Expresso, que rompeu o bloqueio e prosseguiu com a investigação, ter sofrido depois um "boicote claro" e "uma hostilidade total do primeiro-ministro", como escreveu esta semana o seu director, Henrique Monteiro. Ou como o das palavras ameaçadoras dirigidas por Sócrates a um jornalista do PÚBLICO por alturas do congresso em que foi eleito líder, em 2004: "Você tem de definir o que quer para a sua vida e para o seu futuro."

Excessos de quem ferve em pouca água? Infelizmente não. A actuação metódica e planeada sempre foram uma marca deste primeiro-ministro e dos que lhe são mais próximos no PS. Por isso, quando Vara teve a tutela da comunicação social, criou um monstro chamado Portugal Global que integrava a RTP, a RDP e a Lusa e nomeou para a sua presidência um deputado do PS, João Carlos Silva. Pouco tempo depois, caído Vara em desgraça, seria José Sócrates a conseguir colocar na RTP o seu amigo Emídio Rangel. Um favor logo retribuído: na noite eleitoral que se seguiu (e que determinaria a demissão de Guterres), os únicos comentadores em estúdio foram o próprio Sócrates e o seu advogado, Daniel Proença de Carvalho; e na curta travessia do deserto até ao PS regressar ao poder, Sócrates pôde ter, a convite de Rangel, um programa semanal de debate com Santana Lopes. Já primeiro-ministro apressou-se a propor um conjunto de leis - estatuto do jornalista, lei da televisão, lei sobre a concentração dos órgãos de informação - que se destinavam, segundo Francisco Pinto Balsemão, a "debilitar e enfraquecer os grupos privados" de informação - ou seja, os que não dependem do Governo.

E não, não é verdade estarmos apenas perante mal-entendidos, excessos pontuais ou uma mera má relação com as críticas: estamos face a uma forma de actuar autoritária e que não olha a meios para atingir os fins. Até porque o que se relatou é apenas a pequena parte do que temos vivido (vide caso Crespo).

Da mesma forma não existe nenhuma má vontade congénita dos jornalistas para fazer de Sócrates, como lamentou Mário Soares, o primeiro-ministro mais mal tratado pelos órgãos de informação. O que houve de novo foi Portugal ter como primeiro-ministro alguém que esteve várias vezes sob investigação judicial (por causa de um aterro sanitário na Cova da Beira, por causa do Freeport), cujo processo de licenciatura levantou dúvidas e que se distinguiu como projectista de maisons no concelho da Guarda. Isto para além de ter mostrado uma tal incontinência ao telemóvel que somou e soma dissabores em escutas realizadas noutros processos, como os da Câmara da Nazaré, da Casa Pia e, agora, no Face Oculta.

Ainda é possível achar que tudo é normal? Ou porventura desculpável? Só se estivéssemos definitivamente anestesiados.


José Manuel Fernandes

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

princípios de vida


Inovação, para poder dia após dia desenvolver com maior assertividade e saber as funções de que estou incumbido, conjuntamente com toda a minha equipa de trabalho;



Justiça, decidir e avaliar com equidade enaltecendo o mérito, a formação e as relações humanas, criando em todos uma clara sensação de imparcialidade nas avaliações;



Trabalho, pelo exemplo demonstrar que com esforço, dedicação e coragem podemos nos dignificar e tornar socialmente válidos, de modo a atingirmos o reconhecimento e a estabilidade pessoal, social e profissional.