sábado, 4 de outubro de 2008

Gala distingue melhores alunos

jornal da Madeira 4 de Outubro de 2008
Gala distingue os melhores alunos madeirenses

A Associação Insular de Geografia (AIG) da Madeira promove, esta tarde, a 5.ª Gala de Mérito Académico. A edição deste ano vai decorrer no Teatro Municipal Baltazar Dias. O início da cerimónia está marcado para as 15 horas. Esta iniciativa visa distinguir e premiar o melhor aluno do 9.º ano e o melhor aluno do 11.º ano, de entre as 33 escolas públicas e privadas da RAM, explicou ao JORNAL da MADEIRA, o presidente da AIG, Joaquim José Sousa.Os melhores alunos são apurados através dos dados enviados pelas escolas. A condição base é obterem uma média de 4 (3.º Ciclo) e 16 valores (Secundário), em todas as disciplinares curriculares, mas não só.O Prémio de Mérito Académico pretende incentivar e potenciar a formação integral dos alunos, as atitudes positivas, distinguir os que apresentam resultados escolares de nível excelente, os que participam em actividades curriculares e extra curriculares de qualidade e os que evidenciem atitudes e valores exemplares e socialmente reconhecidos.Uma das jovens que será premiada na Gala de hoje e que se encontra a frequentar o 12.º ano, foi distinguida há anos atrás pelos resultados obtidos no 9.º ano. As boas notas e exemplos parecem ser genéticos. É que o irmão, também, já foi distinguido na Gala de Mérito da AIG. Joaquim José Sousa reitera que estes resultados, também, se devem à família, as quais deviam ser, igualmente, premiadas.“Há famílias que, realmente, merecem os parabéns. Tenho muita pena de não poder premiar as famílias porque, no caso desta, tendo dois filhos que consegue que sejam brilhantes alunos, é um exemplo a seguir para todos nós”, apontou. A família em causa até não tem membros licenciados, o que comprova que “o importante é o saber fazer”, adiantou.Por isso, considera que estes dois jovens, depois de se formarem, vão ser bons profissionais, o que só traz vantagens porque “vão ser muito bem pagos e com isso vão produzir riqueza para eles, para a família, para a comunidade, para o país”.Uma das estudantes que já foi distinguida na Gala de Mérito, no ano lectivo anterior, solicitou uma declaração em como foi premiada melhor aluna da RAM para concorrer à Universidade de Harvard, depois de ter entrado em Direito, em Lisboa.No ano passado, um dos alunos premiados e que já se encontra a tirar o curso de Medicina confessou a Joaquim José Sousa que foi fundamental receber aquela distinção porque “pela primeira vez, pude mostrar a toda a gente que valia a pena as horas que, para eles, eu perdia, afinal eu ganhava-as”.Deixem de beneficiar os “terroristas” Joaquim José Sousa, presidente da Associação Insular de Geografia (AIG) da Madeira é crítico em relação à forma como certos professores atribuem notas e considera que, actualmente, o conhecimento desapareceu das escolas. “Toda a gente diz que os alunos hoje, a nível dos conteúdos, sabem menos do que sabiam dantes”, apontou. “Aliás, é uma célebre frase dita por muitos pais de que “a minha 4.ª Classe é muito melhor que o actual 9.º ano, eu sabia mais, pelo menos sabia escrever, contar, fazia a prova dos nove, não dava erros”, isso é um facto, hoje temos os professores das Universidades a dizerem que os alunos não sabem escrever”.Apesar desta situação, lamenta o facto dos psicólogos continuarem a “criar teorias para aplicar nas escolas, que levam papelada às reuniões e tiram da escola o que é fundamental que é o conhecimento”.Por isso, defende que “ou a escola se vira para aqueles que melhor fazem ou perde o sentido” ao reiterar que “o herói da escola não pode ser o terrorista da turma mas o aluno que faz bem porque senão corremos um risco, porque se está a dar importância ao aluno que é malandro, que os professores acabam por passar”.Como exemplo, apontou o facto do professor realizar um novo teste para um aluno que se balda e não se esforça e até o passa com nota à rasca, o que “vai causar revolta no bom aluno que trabalha para ter cinco quando o outro passa à rasca com três”.Por isso, frisou, “não vamos tornar igual o que não é” ao salientar que “um bom professor motiva uma vocação mas um mau professor destrói um sonho”.
A AIG reedita em 2009 manual de exercícios para o 3.º Ciclo.
A Associação Insular de Geografia (AIG) da Madeira celebra o seu 4.º aniversário no próximo dia 29 de Novembro. Num universo de 210 geógrafos que existem na Madeira, 167 estão associados à AIG. Destes, a maior parte está ligado à docência. Joaquim José Sousa, presidente da Associação de Geografia aponta que “gostava que houvesse maior participação por parte do ramo científico”.Na presidência desde 6 de Junho de 2005, este sócio-fundador deverá recandidatar-se no próximo ano porque se sente nessa “obrigação” mas deverá ser o último mandato, assim definem os estatutos.A Associação Insular de Geografia tem como objectivo promover a Ciência Geográfica e o trabalho dos geógrafos quer de cariz científico (Planos de Ordenamento do Território, Planos de Pormenor, Planos de Emergência, entre outros), quer a vertente pedagógica que serve, essencialmente, para o trabalho direccionado para os jovens. É uma associação de cariz regional, com sede em Câmara de Lobos, que procura promover a formação dos docentes e dos investigadores em Geografia da Madeira, para que não tenham, obrigatoriamente, que se deslocar ao continente.A AIG surgiu com a ideia de criar o debate tendo, para o efeito, vindo a promover conferências internacionais, que tem permitido trazer à Madeira alguns dos mais conceituados geógrafos europeus.Organiza seminários temáticos, com académicos de renome bem como semanas temáticas com o propósito de dar a conhecer o território regional que alguns, ainda, conhecem mal. “Uma das coisas que constatei é que alguns colegas não conheciam, minimamente, a realidade da Madeira, em termos do seu território”, apontou.Manual de exercícios reeditado em 2009Um dos projectos que esta associação lançou foi o manual de apoio, com exercícios para os 7.º e 8.º anos, sobre a realidade regional. O livro é facultativo.Tendo em conta que alguns colegas não queriam adquirir o livro da ASA, a AIG assumiu a edição sendo que, no próximo ano lectivo, estará disponível para todas as escolas, do 3.º Ciclo. Outros dos projectos que esta a ser trabalhado visa a monitorização de riscos para os vários concelhos. No início do próximo ano vai ser lançada uma revista de cariz científico e em Fevereiro, a associação vai promover uma Conferência Internacional sobre as Migrações, a decorrer em Câmara de Lobos.Alterações climáticas estarão em debate nas escolas.
Um dos projectos que a Associação Insular de Geografia está a trabalhar relaciona-se com as alterações climáticas. Assim sendo, durante este ano lectivo, a associação pretende pôr em prática o projecto, através da dinamização de acções de formação nas escolas da RAM. Nestas acções serão explicadas as razões, previsões e o que se poderá fazer. Tendo em conta o desafio que é a Educação, a AIG adverte os municípios para que não deixem as responsabilidades todas para a respectiva Secretaria.

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente!!!