quarta-feira, 5 de agosto de 2009

e hoje lembro a eternidade..

5 de Agosto de 2002 - 5 de Agosto de 2009

como o tempo passa
sete anos
Jb, António José, Pai, Mãe, Mano Velho e os pequenotes - João e Cláudio

Gostava de o ter comigo. Ter. Saber que se tivesse alguma dúvida ou medo, me podia apróximar e perguntar a quem sabe, pois o pai ia-me ensinar.

Gosto do respeito que impôs, respeito que não era um muro mas sim uma actitude que permitia o contacto. Foi muito importante para mim enquanto crescia saber que me podia refugiar em si quando sintia medo, e que só, por o ter ao pé de mim me sintia protegido e tranquilo. Ensinou-me a respeitar o medo e a enfrenta-lo..
Ficava encantado quando me explicava os quês e os porquês da vida, quando fixava a minha atenção de menino em coisas sem sentido à epoca e de cujas lições hoje continuo a tirar ilações. Essas lições que então me pareciam por vezes simplesmente idiotas, hoje dou-me conta, que são tremendamente importantes para a vida.
Recordo-me de quando insistia que para aprender não chegava ler nos livros de que tanto gostava e continuo a gostar, que devia dar valor e procurar aprender com aqueles que sabem fazer, imita-los e melhorar o que houver a melhorar, pois só assim conseguiria ir aprendendo. O melhor de tudo foi que, ao ensinar-me isso, incentivou-me a aprender com todos, a imita-los independentemente dos seus títulos sem me sentir menos que ninguém.
aos 55 e aos 58

Quando compartilhava o seu tempo comigo ou com os manos e ao mesmo tempo que dizia que a sua maior riqueza eramos nós, ensinava-nos o valor do trabalho, da familia e a solidariedade com os que sofrem e do valor que todas as pessoas têm independentemente da sua origem.
Aprendi a não viver à custa dos outros, a ser sério intlectualmente, aprendi a partilhar e a respeitar a vontade e o espaço de todos os outros e a partilhar nem que seja uma palavra amiga com todas as outras pessoas independentemente da sua condição social.
com o snoopy

A principio nem pensei no que acontecia, como podia ser, era tão novo e ficar orfão, mas fui-me apercebendo que não tinha partido, que estava aqui comigo. Oiço por vezes pessoas a desvalorizar outras por pura arrogância ou maldade escudados no seu poder ou no seu dinheiro e lembro-me que tive uma felicidade maior que o dinheiro ou o poder não podem comprar, o ter tido um pai como o senhor, isso não se compra, é a vida que oferece de forma única e irrepetivel.

na casa de Deus

Obrigado meu pai eu vou continuar a cuidar deles..

1 comentário:

Tita disse...

Emocionei-me...

Mais um ano...
Mas sempre por perto.

Beijinhos doces!