sexta-feira, 20 de junho de 2008

A revista Georam

Capa da 1ª Revista



Editorial da 2ª Revista

Há um ano, andávamos atarefados, entre o início de um novo projecto, ele próprio multiplicador de ideias e de vontades e que ao longo deste primeiro ano posso considerar que o mesmo foi por si coroado de êxito nos projectos desenvolvidos, e entre estes os preparativos acelerados para o lançamento do projecto editorial da Associação, após seis curtas semanas de vida.
Saltávamos de ansiedade em ansiedade. Não tínhamos anos e anos de experiência e de repente tudo para nós estava em contagem decrescente até ao momento, ao mesmo tempo tão temido e tão desejado, do primeiro número; agora, era de uma nova vida que se tratava. Eram muitos os que, reconhecendo embora o sucesso das actividades, não tinham dúvidas de que tudo aquilo que tinham acompanhado durante os tempos mais recentes ia desaparecer, a inovação, os projectos e a confiança. Era, uma vez mais, o fantasma do imobilismo lusitano que regressava.
Hoje, seis meses depois do lançamento do primeiro número, a nova publicação desmentiu, um a um, os piores presságios dos mais pessimistas. Com só dois mil exemplares distribuídos porque rapidamente esgotaram, um conjunto notável de artigos escritos por geógrafos provenientes de regiões tão dispares como o Porto ou Timor, Cabo Verde ou Goiânia, o compromisso de instalação e autonomização da redacção, a Revista Georam tornou-se aquilo que pretendíamos: um veiculo privilegiado de comunicação entre técnicos e pedagogos que é também um sinónimo de qualidade na formação e inovação, uma publicação de “geografização social” em que seja claramente definida a importância social dos geógrafos e das ciências adjacentes. Nestes seis meses. E não só. Houve coisas que deram lugar a outras: O projecto Ser e Crescer propagou-se da Madeira para os Açores e para o território continental como projecto válido e de inovação pedagógica, a Gala de Mérito Geográfico, transfigurou-se em Gala de Mérito Académico (para os melhores alunos de todas as escolas da RAM), em Gala de Mérito Geográfico (onde são premiados os melhores alunos de Geografia de cada escola da RAM do ensino básico e secundário) e em Prémio de Mérito Profissional (no qual premiamos projectos de inovação pedagógica, preconizados pelos professores de Geografia a nível nacional), prolongando o idílio reencontrado dos geógrafos com a sociedade.
Aqui, a vida não para. Uma equipa de geógrafos trabalha nestes projectos, enquanto o universo de participantes cada vez maior. Em breve, estará aqui a funcionar um grande centro de inovação, que procurará mais uma vez colocar a geografia na vanguarda do conhecimento a nível da Macarronésia de e de todo o espaço Lusófono e preparam-se já a III Conferência do Atlântico subordinada ao Ordenamento do Território, a alteração da periodicidade da revista Georam, protocolos diversos com Universidades nacionais e estrangeiras. À medida que se vai tornando parte integrante da vida dos Geógrafos, A Associação Insular de Geografia consolida-se, nos hábitos de professores e técnicos, com as conferências, seminários, galas, publicação de trabalhos, revista, formação, onde ciência, conhecimento, cultura, sociedade e inovação se conjugam para fazer da geografia uma ciência nobre no universo das ciências.

Joaquim José Sousa

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